O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), aprovou um novo aumento salarial, elevando seu salário de R$ 35 mil para R$ 36,8 mil, um acréscimo de 5,14%. Este reajuste segue um aumento significativo de 49% em 2022. O projeto, aprovado por unanimidade nesta terça-feira (28) na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), também beneficia o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) e os secretários estaduais. A nova estrutura salarial será implementada em duas fases: R$ 36,1 mil a partir deste mês e R$ 36,8 mil a partir de 31 de agosto.
Os salários do vice-governador e dos secretários estaduais foram ajustados para 95% do salário do governador. Assim, o vice-governador Geraldo Júnior, que também é pré-candidato à prefeitura de Salvador, passará a receber pouco mais de R$ 34 mil.
Jerônimo Rodrigues já havia recebido um aumento significativo antes mesmo de assumir o cargo, em dezembro de 2022, quando seu salário foi elevado de R$ 23,5 mil para R$ 35 mil. Atualmente, ele possui o terceiro maior salário entre os governadores do Nordeste, atrás apenas dos governadores de Sergipe, Fábio Mitidieri (PSD), com R$ 44 mil, e de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), que recebe R$ 42,1 mil.
Na mesma sessão, a Alba aprovou um reajuste geral de 4% para os servidores estaduais, incluindo um reajuste do auxílio-refeição e um reajuste complementar de 2,85% para carreiras com vencimento básico abaixo do salário mínimo. O piso nacional da educação será reajustado em 3,62%, e os professores receberão um aumento de 5,69%. Além disso, foi aprovado o sétimo empréstimo do governo Jerônimo, totalizando R$ 5,7 bilhões em operações de crédito.
Jerônimo justificou o reajuste durante o evento de lançamento do São João da Bahia, afirmando que o aumento concedido ao funcionalismo público é o máximo que o governo pode pagar. “Eu fiz minhas contas. Se eu pagasse 10%, eu não poderia pagar. É simples. Se botasse 5%, eu não teria condições de pagar. Nós começamos com 2,6% e chegamos a 4%. O que foi aprovado é o valor que posso pagar”, disse.
Entre 2015 e 2023, os servidores estaduais da Bahia receberam reajustes salariais em apenas três ocasiões: 2015, 2022 e 2023. Segundo um estudo do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos (Dieese), os aumentos foram insuficientes para compensar a inflação acumulada nos últimos oito anos, resultando em uma perda de 35,10% no poder de compra dos funcionários públicos.
