Para enfrentar as mudanças climáticas e adotar práticas sustentáveis nos solos, águas e mares, foi realizada em Brasília a primeira reunião do Comitê de Comunicação do Plano de Conversão de 40 milhões de hectares de pastagens degradadas em ações sustentáveis. Este plano visa dobrar a capacidade do agronegócio brasileiro através de práticas sustentáveis, promovendo a integração de plantio de florestas com modelos diversificados de cultivos.
Este avanço é possível graças ao conhecimento desenvolvido no Brasil ao longo dos últimos 50 anos, em parceria com institutos agronômicos, universidades e a Embrapa. O resultado foi uma revolução nos biomas tropicais do país, transformando solos considerados fracos em áreas produtivas, elevando o Brasil à posição de quarta maior agricultura do mundo.
No entanto, é necessário continuar a combater as mudanças climáticas e aderir às melhores práticas sustentáveis. Isso inclui plantar árvores junto com alimentos, energia, fibras e promover a inclusão social, alinhando-se aos mercados de carbono e biometano.
Carlos Augustin, coordenador do programa no MAPA, destacou as oportunidades que este movimento representa para a imagem do país no cenário global. O Plano Safra inclui o item RenovAgro, com juros anuais de 7%. Além disso, o programa Fundo Clima oferece oportunidades de financiamento, atraindo o interesse do capitalismo consciente, tanto nacional quanto internacional, para um projeto que visa a segurança alimentar, energética e ambiental, combatendo a desigualdade social, fome e pobreza em mais de 80 países tropicais.
O Brasil se destacou no agronegócio tropical e a implementação deste plano, fundamentado em ciência, educação, sustentabilidade e recursos humanos, será crucial não apenas para o ambiente brasileiro e os desafios climáticos, mas também como uma contribuição significativa para todo o planeta e para os povos do cinturão tropical.
Como dizia Alysson Paolinelli, in memoriam, a agricultura de clima temperado trouxe o mundo até aqui, mas é a agricultura tropical que levará o mundo adiante. A conversão das pastagens degradadas será realizada porque é necessária e vital para todos.