Professora da UFBA é acusada de promover interesses do PT baiano

  Alegações sugerem que Renata Rossi criou curso na universidade para formar líderes partidários

  Uma denúncia protocolada tanto no Tribunal de Contas da União (TCU) quanto na Controladoria Geral da União (CGU) aponta que a professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Renata Alvarez Rossi, utilizou os recursos e estrutura da instituição em benefício do Partido dos Trabalhadores.

  Segundo a denúncia, a docente, que supostamente ainda mantém filiação ao PT, propôs e implementou no ano passado, na Escola de Administração da UFBA, um curso intitulado “Formação de Lideranças para a Democracia”. Este projeto teria sido desenvolvido em parceria com a suposta Escola Luiza Mahin, que jamais foi formalmente constituída, e cujo perfil no Instagram serviu como plataforma de promoção do PT. Na referida rede social, são encontradas mensagens de apoio ao governador Jerônimo Rodrigues, à

  ex-presidente Dilma Rousseff, além de trechos de discursos de deputados estaduais como Robinson Almeida e Marcelino Galo.

  De acordo com a denúncia, a Congregação da Escola de Administração aprovou o curso sem ter conhecimento adequado sobre a real natureza da suposta Escola de Formação Política Luíza Mahin. A acusação afirma que diretores, conselheiros e coordenadores da escola têm filiação partidária ao PT. No perfil do Instagram, Gutierres Barbosa, vice-presidente do PT da Bahia, é mencionado como diretor da Escola Luíza Mahin, embora a acusação indique que o diretor real seria Ivan Alex Lima, esposo de Renata Rossi. Lima é apresentado em algumas postagens da rede social como assessor especial do governo Jerônimo Rodrigues.

  A denúncia destaca que em nenhum momento a professora Renata Alvarez Rossi mencionou o vínculo da suposta Escola com o Partido dos Trabalhadores, tampouco que a mesma era dirigida por seu companheiro, Ivan Alex Lima, evidenciando um potencial conflito de interesses.

  Para viabilizar o curso, o senador Jaques Wagner, do PT da Bahia, destinou R$ 200 mil. Segundo a acusação, esse montante foi repassado para a universidade pública, que por sua vez direcionou os recursos para beneficiar uma professora filiada ao PT, com o propósito de financiar uma organização informal associada ao partido. O curso, iniciado em 16 de março deste ano, é gerido pela Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão da UFBA (Fapex), e contratou Jeane dos Santos Macedo Santos, filiada ao PT e integrante da coordenação da Escola Luíza Mahin, conforme a denúncia.

  Além disso, a acusação alega que a professora Renata Rossi está articulando a inserção de membros do PT, especificamente da Escola de Formação Política Luíza Mahin, no Mestrado em Desenvolvimento e Gestão Social (PDGS) da Escola de Administração da UFBA.

  “A estratégia do PT é clara: utilizar a universidade pública para fortalecer seu processo de formação de lideranças na Bahia (e no Brasil), e, com isso, fortalecer sua posição no processo eleitoral iminente”, afirma outro trecho da denúncia. “Na universidade pública, a formação política é um elemento fundamental na construção de um cidadão consciente e participativo. Essa formação deve ser pautada em uma visão crítica, ampla e inclusiva, que abarca múltiplas perspectivas e não se restringe ou se alinha automaticamente a uma única corrente ideológica ou partido político.”

  Procurada para comentar, a UFBA informou que encaminhou a denúncia aos órgãos de controle e correição para devida apuração dos fatos, e que se reserva o direito de não emitir julgamentos prévios que possam interferir no processo. O diretor da Escola de Administração, André Luis Nascimento, declarou estar pouco familiarizado com o conteúdo da denúncia devido ao recente início de sua gestão e afirmou que ainda não foi notificado.

Denuncia sobre associação do pt

  A CGU se recusou a comentar sobre investigações em curso envolvendo agentes públicos ou pessoas jurídicas antes de sua conclusão. O TCU informou que está analisando a denúncia, mas ressaltou que ainda não há informações públicas disponíveis ou processo aberto sobre o caso.

O Partido dos Trabalhadores afirmou que não possui nenhum acordo formal com a UFBA ou outra universidade, e que não tem conhecimento de nenhuma denúncia envolvendo o partido ou suas instâncias. O senador Jaques Wagner afirmou que destina emendas para a UFBA com o intuito de fortalecer a universidade pública, confiando na correta aplicação dos recursos.

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