As organizações criminosas que disputam o controle do tráfico de drogas na Bahia têm se alinhado a grupos do sudeste do país para se fortalecer e expandir seu território. Esse conflito, conhecido como a ‘Guerra do Tráfico’, envolve o uso de um poderoso arsenal de guerra, incluindo fuzis, metralhadoras, pistolas, coletes à prova de balas e até granadas.
De acordo com dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em 2024, mais de 3.600 armas de fogo foram apreendidas pelas forças de segurança na Bahia, sendo 51 fuzis. Esse número representa um aumento de 19,82% em relação ao mesmo período do ano anterior. Estima-se que cerca de 65% das mortes violentas no estado estejam ligadas, direta ou indiretamente, ao tráfico de drogas, segundo a Polícia Civil.
Embora ainda não existam estudos detalhados sobre as rotas exatas dessas armas, especialistas acreditam que elas chegam às facções através de uma rede complexa de tráfico de armamentos que liga o Brasil a outros países, além de conexões com grupos de outras regiões do país, como Rio de Janeiro e São Paulo, onde as facções têm mais acesso a esse tipo de armamento pesado.
Esse fluxo constante de armas alimenta a violência no estado, intensificando a disputa por territórios e ampliando o poder de fogo das facções, tornando o combate ao tráfico uma tarefa ainda mais desafiadora para as forças de segurança.